Mangás de Ficção Científica Que Estão Mudando o Gênero em 2025

Introdução

No universo dos mangás de ficção científica, algumas obras destacam-se por mudar paradigmas, aprofundar temas filosóficos e apresentar mundos visuais de tirar o fôlego. Neste artigo, vamos explorar com profundidade como mangás de ficção científica 2025 como Dandadan, Kaiju No. 8, Pluto e BLAME! estão redefinindo o gênero com inovação, narrativa e impacto cultural.

🔭 Dandadan – Mistério, Sobrenatural e Ficção Científica

Dandadan, também estilizado como Dan Da Dan, por Yukinobu Tatsu, rapidamente se tornou um fenômeno entre os mangás de ficção científica 2025. Publicado na Shōnen Jump+ desde abril de 2021, já conta com 20 volumes compilados até julho de 2025, e sua adaptação em anime estreou em outubro–dezembro de 2024, com segunda temporada marcada para julho de 2025 (Wikipedia).

O que torna Dandadan singular no conjunto de mangás de ficção científica é a fusão de elementos sobrenaturais, alienígenas e a adolescência como metáfora existencial. A obra traz um idioma alienígena complexo falado por Vamola – recentemente decifrado por fãs e com base em símbolos inspirados no acádio antigo. Isso demonstra o nível de dedicação do autor à mitologia interna, o que eleva Dandadan à categoria de mangá de ficção científica com profundidade linguística e cultural (Diario AS).

Além disso, a narrativa aborda temas como identidade, corpo e sexualidade adolescente através de encontros com fantasmas e aliens. A série mistura horror gráfico, comédia física e simbolismos que exigem do leitor atenção e interpretação ativa (Polygon).

💥 Kaiju No. 8 – Ação, Simbolismo e Crítica Social

Entre os mangás de ficção científica 2025, Kaiju No. 8 se destaca como best-seller global. A série, escrita por Naoya Matsumoto, começou em 2020 na Shōnen Jump+ e terminará em julho de 2025 com o capítulo 129 (Wikipédia). Até março de 2025, 15 volumes foram lançados, e há spin-offs planejados para o segundo semestre de 2025.

A narrativa de Kaiju No. 8 acompanha Kafka Hibino, um homem de 32 anos que vive em uma sociedade assolada por criaturas kaiju e sonha em integrar a Força de Defesa. Após ser infectado por um kaiju, Kafka ganha a habilidade de se transformar em um kaiju, o que acende o conflito interno e externo entre dever e identidade secreta. A trama mescla ação intensa com crítica social sobre idade, obsolescência e a luta por propósito pessoal mesmo em contexto futurista (Metagalaxia).

Nesse contexto, Kaiju No. 8 se afirma como um influente mangá de ficção científica que usa o monstro – o kaiju – como metáfora social, longe de ser apenas um espetáculo visual. O simbolismo dos kaijus como representações de barreiras pessoais e sociais, junto ao tema do envelhecimento — Kafka retorna à guerra aos 32 anos, uma idade vista como “avançada” nessa sociedade — reforça o potencial narrativo do gênero. (Wikipedia)

🤖 Pluto – AI, Direitos e Drama Humano‑Robótico

Embora Pluto não seja uma obra de 2025, continua sendo um pilar influenciador dos mangás de ficção científica. Criado por Naoki Urasawa e Takashi Nagasaki entre 2003 e 2009, Pluto ganhou adaptação animada em ONA na Netflix em outubro de 2023 (geeknews).

Baseado em um arco de Astro Boy, Pluto reimagina a história como um thriller de ficção científica envolvendo um detetive robô, Gesicht, que investiga assassinatos de robôs e humanos ligados à preservação dos “Leis dos Robôs”. A obra discute IA, direitos robóticos, humanidade sintética versus humana e o que realmente significa ser vivo.

Fãs elogiam o impacto emocional e filosófico da série:

“Pluto mixes an almost‑Disney‑like atmosphere of techno‑positivism with great horror twists and a fantastically‑executed sense of dread.” (Wikipedia)

Esse conflito centrista entre tecnologia e ética faz de Pluto um precursor essencial para todos os mangás de ficção científica que buscam mesclar ação com profundidade filosófica.

🌌 BLAME! – Megaconstruções, AI selvagem e Estética Alienígena

BLAME!, de Tsutomu Nihei, é referência obrigatória em mangás de ficção científica por seu visual minimalista e poderoso. A ambientação no megasistema artificial conhecido como “The City” supera qualquer paisagem humana, estendendo-se por distâncias comparáveis à órbita de Júpiter (Wikipedia).

A jornada de Killy em busca do gene humano que permite controle sobre a rede Netsphere revela uma civilização dominada por IA descontrolada, arquiteturas caóticas, vida de silício e expedições que cruzam eras como se fossem minutos. O storytelling visual impõe silêncio e simbolismo: cada página é uma experiência sensorial e metafísica (Reddit).

Usuários dizem:

“BLAME is one of the most visually unique pieces of media… the architecture and landscapes are uncanny … character designs … oozing a consistent aesthetic.” Reddit

Esses elementos fazem de BLAME! um dos pilares que mais influenciam e inspiram novos mangás de ficção científica, especialmente aqueles que buscam construir mundos inteiros como personagens.

🎯 Comparativo entre os Mangás de Ficção Científica

🧠 Por que estes são os principais mangás de ficção científica em 2025?

1. Originalidade temática: cada título explora facetas únicas do sci-fi — desde horror erótico (como em Dandadan) até dilemas éticos e arquitetura mental (BLAME!).

2. Impacto cultural e adaptação: Kaiju No. 8 e Dandadan já possuem adaptações para anime, ampliando seu alcance global.

3. Profundidade narrativa: Pluto e BLAME! elevam o gênero com reflexões sobre IA, cidade como entidade viva e direitos existenciais.

4. A estética como parte da história: em BLAME!, por exemplo, os personagens são tão plasmados pela arquitetura da Cidade quanto pelo roteiro.

🔗 Link interno recomendado

Para ler sobre como a inteligência artificial está moldando narrativas geek, confira nosso post: Lançamentos de Mangás em 2025: O Que Está Bombando no Japão e Chega ao Brasil, uma excelente leitura complementar para fãs de mangás de ficção científica.

🧾 Considerações finais

Os mangás de ficção científica não representam apenas novas séries: são amostras vivas da evolução do gênero. Eles desafiam normas, misturam horror, comédia, ação e filosofia, e apresentam mundos que são reflexos distorcidos dos dilemas humanos contemporâneos.